A revelação feriu mais profundamente do que a traição de Marcos com a sua meia-irmã. Não conseguia digerir o fato de que aquele homem se aproveitou de sua inocência quando era mais jovem.
A governanta entrou no cômodo, pigarreando discretamente, enquanto trazia a criança no colo.
— Mamãe! — A voz infantil chamou.
— Oi, meu anjo…
— Tá chorando?
— Não, é só um cisco que caiu nos meus olhos.
Luísa levou a mão ao rosto e enxugou as lágrimas com a palma. Lançou um olhar carregado de desprezo na direção de Paolo, depois pegou o filho nos braços e saiu do ambiente.
Ele não a seguiu. Julgou mais prudente permitir que o clima amainasse antes de retornar ao assunto que os havia dilacerado.
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Uma hora depois, Luísa estava brincando com o filho no quarto. Estavam sentados sobre o carpete macio quando o toque insistente do celular interrompeu a leveza do momento. Ela se levantou, deixando o menino entretido com seu carrinho, e caminhou até a cômoda ao lado da cama.
— Oi, Ca