“Enquanto alguns jogam para se aproximar, outros observam para atacar. E os olhos que vigiam no escuro são sempre os mais perigosos.” — Epígrafe Original
Uma semana havia se passado desde o último encontro, e os irmãos se reuniram mais uma vez para decidir quem ficaria na mansão desta vez. Theo, agora profundamente conectado à vida com sua mãe e irmãos, estava começando a sentir o calor de uma verdadeira família.
No entanto, Theo carregava no peito uma dor que não fazia alarde, mas que pesava como uma sombra constante. Era pelo pai, cuja frieza e distância nunca conseguiram esconder o amor que, de alguma forma, Theo sabia estar lá, escondido entre gestos contidos e palavras não ditas.
E havia também o bisavô, teimoso e rígido, cuja severidade, com o passar do tempo, ganhara um tom quase cômico, até mesmo adorável, como se o tempo tivesse suavizado as arestas de sua memória.
Quanto a Victoria, porém, Theo não sentia absolutamente nada.
Ela sempre transitou como um fantasma em sua vida,