A caneta deslizou pelo papel com precisão. O som do tinteiro encontrando o contrato parecia amplificado pelo silêncio absoluto da sala. Um após o outro, os diretores da Bellucci Corporation observavam em silêncio, entre olhares de aprovação e curiosidade.
Enzo Bellucci, sempre impecável em seus ternos sob medida, folheava calmamente as páginas finais do contrato antes de assinar. Mas seus olhos, mesmo fixos nos documentos, não deixavam de observá-la. Dayse, sentada à sua frente, irradiava uma presença poderosa — e perigosamente encantadora.
— Tudo em ordem, Sr. Bellucci? — a voz de Dayse quebrou o silêncio com doçura profissional, mas o brilho em seus olhos era tudo menos neutro.
Enzo levantou os olhos lentamente, segurando a caneta entre os dedos.
— Tudo impecável, Sra. Lancaster — respondeu com um meio sorriso, carregado de intenções não ditas. — Como sempre.
O contrato foi assinado, as mãos se tocaram em um breve aperto formal que durou um segundo a mais do que o necessário. Os olh