“Ela ensaiou o papel de vítima com perfeição. Mas não sabia que o público havia mudado.” — Reflexão de ‘’Theo disfarçado
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A mesa estava arrumada com um cuidado quase exagerado — tudo parecia saído de um cenário de novela. Os lustres jogavam uma luz dourada que dançava sobre os pratos de porcelana, deixando o ambiente bonito, mas com um clima estranho no ar.
Victoria, sentada com o look impecável de sempre, aparentava calma. Mas os olhos entregavam: por dentro, ela estava longe de tranquila.
Enzo, firme na cabeceira, tinha o mesmo ar de quem sempre toma as grandes decisões, como se tudo girasse em torno dele. Lorenzo estava à sua direita, quieto, mas com aquele olhar esperto, típico de quem está prestando atenção em tudo.
Dante, com sua forma sempre discreta, se acomodou bem de frente para o avô, como quem quer analisar cada gesto, cada respiro, tentando entender o que ninguém diz em voz alta.
Quando os pratos chegaram, o clima pesou. Ninguém precisou falar nada — dava pra senti