“Nem todo laço se vê. Alguns se entrelaçam no silêncio de um olhar, no calor de um abraço, no instante em que alguém chama você de filho — e você acredita.” ― epígrafe autoral
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Theo nunca imaginou que sete dias seriam capazes de transformar tão profundamente sua visão do mundo.
Durante aquela semana ao lado da mãe e dos irmãos, ele experimentou algo que até então lhe era desconhecido: o verdadeiro significado do que seria um lar.
Não uma casa qualquer, onde se come e dorme, mas um espaço impregnado de calor humano, onde o amor paira no ar como uma brisa constante. Um lugar onde ser quem você é basta, sem máscaras, sem expectativas sufocantes.
Ali, Theo não precisava carregar o peso do sobrenome Bellucci, nem desempenhar o papel do herdeiro impecável. Ele podia, enfim, ser apenas um menino de dez anos.
Nos primeiros dias, no entanto, ele manteve uma distância quase instintiva, como se o calor daquele ambiente fosse algo que sua pele, acostumada ao gelo da mansão onde crescera, não s