“Algumas mulheres constroem fortalezas com o silêncio. Mas basta um gesto inesperado para que uma muralha inteira se lembre que um dia foi pele.” — Diário de D.
Victoria entrou na sala de jantar. A madrasta de Theo — e, de certa forma, também dele agora — deslizou suavemente pelo cômodo, apoiando-se com cuidado na cadeira de rodas.
Seu olhar se fixou em Noah, e por um breve instante, ele percebeu algo diferente na expressão dela. Era uma mistura de curiosidade e um controle discreto. Apesar de sua aparência delicada, sua presença transmitia uma autoridade sutil, quase imperceptível.
— Theo, querido, como foi seu dia? — ela perguntou com uma voz suave, cheia de ternura.
Noah levantou os olhos e tentou manter a postura séria de Theo, mas não conseguiu evitar um sorriso de empatia ao notar a fragilidade aparente daquela mulher.
— Foi… tranquilo. — respondeu, escolhendo as palavras com cuidado.
— Por que a senhora não jantou com a gente? — ele perguntou com uma inocência genuína. Mas logo