A notícia da partida de Enzo se espalhou como fogo em palha seca, rápida, impiedosa, consumindo tudo em seu caminho. Onde antes havia apenas inquietação, agora residia um desespero silencioso, misturado a uma esperança frágil e uma determinação que se recusava a ser apagada.
Ela ouvia sussurros dos empregados que comentavam sobre a partida de Enzo com uma mulher, seus pelos se arrepiaram ao ouvir.
― “O patrão foi viajar com aquela moça que estava no quarto de hóspedes” ― um falava.
Enquanto outro retrucava: ― “ele teve coragem de trazer a outra, com a esposa dormindo ao lado?”
O mundo de Dayse desmoronou. O chão sob seus pés já não existia.
A esperança — tênue, frágil, vacilante — evaporou antes mesmo de se tornar real.
Era como se tudo tivesse sido apenas uma ilusão, um vislumbre breve de algo que nunca lhe pertenceu.
E agora, só restava o vazio. Um vazio cortante, irreversível.
Dayse se sentia à deriva em um oceano revolto de dúvidas e medos. Não sabia para onde ele tinha ido, com