"Entre o que sentimos e o que admitimos existe um território perigoso, onde o silêncio pode ser tão revelador quanto a palavra." — Martha Medeiros
Trilha sonora sugerida: 🎵 "Come What May" — Moulin Rouge! (Nicole Kidman & Ewan McGregor)
O dia havia sido intenso e exaustivo, carregado de tensões que agora pesavam nos ombros de Dayse.
A noite desceu sobre a mansão Bellucci como um véu de veludo negro, trazendo consigo um silêncio que parecia vivo — opressor e denso, infiltrando-se pelas paredes antigas e aninhando-se nos pensamentos inquietos de Dayse como uma sombra indesejada.
Na varanda anexa à sua suíte, Dayse segurava uma xícara de chá entre as mãos frias, deixando que o calor da porcelana a aquecesse.
Seus olhos percorriam distraídos os jardins banhados pela luz suave dos postes, mas sua mente girava em círculos — um turbilhão de estratégias e medos entrelaçados enquanto tentava desenhar os próximos movimentos na batalha pela guarda de Theo.
A brisa noturna, carregada com o aroma