“Há silêncios que dizem tudo. Basta saber ouvir com o coração.” — Rubem Alves
Victoria respirou fundo, tentando acalmar o tremor que ainda percorria seu corpo após o susto. Com uma postura firme, ela pediu aos seguranças que detivessem Theo. Eles trocaram olhares incertos, mas o olhar sério dela era claro: autoridade e determinação, sem espaço para questionamentos. Sem hesitar, eles avançaram.
— Senhor Theo, por favor, nos acompanhe. Colabore com a gente. Não queremos que isso fique mais difícil do que precisa ser.
A tensão no ambiente era evidente. Os irmãos de Theo já estavam se levantando, prontos para agir, mas Dayse, com uma calma quase maternal, ergueu a mão e pediu que recuassem. Como se dissesse:
— “Confiem em mim.”
Theo percebeu que resistir só faria tudo ficar pior. Seus olhos encontraram os dos irmãos e ele deu um sorriso resignado, como um adeus temporário.
— Nos vemos mais tarde, irmãos — disse com firmeza, a voz carregada de determinação, mesmo que uma tristeza silencios