Um nó se formou em sua garganta, mas ela se recusou a ceder. Manteve-se firme, a determinação queimando silenciosamente por dentro. Precisava ser forte, mesmo que tudo em seu corpo gritasse para fugir, para escapar daquela prisão invisível que a aprisionava.
Os olhos de Enzo deslizaram pelo corpo de Dayse, carregados de uma frieza que parecia cortar o ar entre eles. Ela desviou o olhar, virando a cabeça com um movimento hesitante, enquanto mordia o lábio inferior, tentando conter a tempestade de inseguranças que rugia em sua mente.
Cada pensamento parecia ecoar mais alto, mais cruel. Então, os dedos dele tocaram seus ombros, firmes, mas com uma suavidade que parecia contradizer a intensidade daquele momento. O toque desceu lentamente, como se desenhasse um mapa invisível em sua pele, despertando sensações que ela não sabia que estavam ali.
Quando as mãos dele chegaram ao ventre, um arrepio profundo a atravessou, espalhando-se como um fogo gelado que queimava e congelava ao mesmo tempo