“Renascer dói mais quando você não pediu pra morrer.” — (Anotação de G.)
[... continuando flashbacks e narrativas de Guilherme, no presente]
Ele me esperou guardar a caixinha com a pulseirinha no bolso interno do blazer antes de começar. A mesa entre nós ficou limpa, mas não leve. Alexandre — Guilherme — respirou como quem mergulha e falou sem floreio:
— Liguei pra Aurélia antes de sair do orfanato ― ele continuou — Despejei toda a minha frustração nela. Fiz uma ameaça direta, dizendo que já que ela não cumpriu o acordo de manter você e o bebê salvos eu estava fora das atividades da Casa e do contrato de casamento.
― Ela desligou sem dizer uma palavra.
— Saí do orfanato descontrolado. Eu tinha a data, o horário, o carimbo de entrada da criança no orfanato. Ela veio direto da sala de parto para o orfanato. Como poderia sobreviver? Era prematura... Aurélia não tinha nenhuma intenção de salvá-la, nem de salvar você. Em nenhum momento pretendeu cumprir o contrato que assinou comigo.
Senti