O sol começava a emergir no horizonte, tingindo o céu com tons pálidos de luz, indiferente ao que se desenrolava dentro da mansão. A porta do quarto de Dayse se abriu sem aviso, sem hesitação. Luna entrou como sempre — silenciosa, precisa, sem oferecer espaço para distrações.
Dayse já estava acordada. Já sabia. Desde a noite anterior, quando Luna lhe dissera que aquele seria o dia, seu corpo e sua mente tinham entrado em um estado de alerta silencioso.
— Você será preparada amanhã. — A voz de Luna era fria, desprovida de qualquer nuance que sugerisse dúvida. — Segundo o médico, este é o momento ideal para a concepção.
Nenhum espaço para questionamentos.
Era um fato, não uma discussão.
O contrato, que até então parecia uma sombra distante, agora se materializava diante dela com uma força crua e inegável. A realidade não era mais abstrata — era concreta, física, um peso que se instalava em seu peito e pressionava seus pulmões.
Mas, entre o medo e a resignação, havia algo mais.
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