Depois do almoço na casa dos meus pais, Matt me deixou no meu apartamento no Upper West Side. A tarde estava ensolarada, e decidi aproveitar o tempo livre para colocar a vida em ordem. Fiz uma faxina rápida, lavei roupas acumuladas e me dei o direito de uma pequena sessão de autocuidado: sobrancelhas, buço, unhas pintadas e até uma depilação caprichada. Não era vaidade pura — era antecipação. Matt passaria a noite comigo, e eu queria me sentir bem, renovada.
Quando anoiteceu, optamos por algo leve. O almoço na casa dos meus pais ainda pesava no estômago. Pedimos uma salada fresca, dividimos uma garrafa de água com gás, e depois de lavar e guardar a louça, fomos para a sala. O sofá parecia nos engolir. Ficamos deitados ali, enrolados em cobertores, assistindo a um filme qualquer até Matt me surpreender com uma pergunta.
— Margo — ele me chamou, com a cabeça encostada no encosto e o braço envolvendo meus ombros.
— Oi? — levantei o rosto, curiosa.
— Sexta-feira vai ter um jantar benefice