Claire
Descemos os degraus até a sala de jantar onde comemos na noite anterior. Sentado à mesa, à esquerda da cabeceira, estava um homem. Ele ergueu a cabeça quando entramos e sorriu calorosamente.
— Deus do céu. Então, ela existe mesmo! — disse impressionado, levantando-se.
— Cale a boca, bastardo — disse Jean-Luc em tom humorado.
— Sou René. — Apanhou a minha mão, beijando o dorso em seguida. — Muito prazer.
— Claire.
— Eu sei. Ouvi falar de você. — Sorriu convencido.
— Já pode soltar a mão dela, René — disse Jean-Luc, com menos humor dessa vez.
René ergueu as mãos para o alto, rendendo-se. Ele se parecia com Jean-Luc, exceto pela cor dos cabelos e os traços dos olhos. Apesar de azuis, eram levemente puxados nos cantos externos. Parentes, sem dúvidas.
— Sente-se — disse Jean-Luc ao puxar a cadeira para mim, à direita da cabeceira.
Ele se acomodou entre mim e René.
— Você precisa ligar para o Louis — René começou a dizer cheio de preocupação. — A carga perder o rastreamento.