Os dias seguiram seu curso entre compromissos no escritório e tardes inteiras ao lado de Clara. Faltava apenas uma semana para o nosso grande dia — o dia do nosso casamento, o dia do nosso “sim”.
Minha mãe já estava no Brasil cuidando dos preparativos. Mesmo com seu jeito reservado, vinha se esforçando, talvez por causa do bebê — e só isso já bastava para me deixar satisfeito. No início, ela não aceitava Clara por sua origem simples, mas ver esse esforço era uma prova silenciosa de que estava tentando.
No entardecer, Graziela me ligou dizendo que ela e Harry embarcariam à noite. Combinamos de nos encontrar todos na mansão do Joá. Eu também já havia providenciado a vinda dos pais e irmãos de Clara, mas apenas para depois que estivéssemos instalados lá.
Na manhã seguinte, embarcamos eu, Clara, James e Rafaela. Clara havia convidado os dois para serem seus padrinhos — e era fácil entender o motivo. Ela e Rafaela tinham uma amizade tão próxima que pareciam irmãs.
O voo de nove horas passo