Clara despertou com os primeiros raios de sol que atravessavam os vidros do quarto do hospital, iluminando suavemente seu rosto pálido.
Acariciei sua mão, aliviado por vê-la acordada.
— Eu não sei o que aconteceu, Lorenzo... foi tudo tão rápido — ela murmurou, a voz trêmula. — Eu esperava o sinal fechar para os carros e, quando fechou, comecei a atravessar. De repente, ouvi o barulho dos pneus cantando e o som do motor acelerando em minha direção. Só senti um empurrão forte nas costas, como se alguém tivesse me tirado do caminho, e então... tudo escureceu.
Ela tentou lembrar, o olhar perdido entre o medo e a confusão.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Rafaela chegou e se aproximou da cama. Pedi licença e deixei as duas a sós por um momento — precisava entender o que, de fato, havia acontecido.
No corredor, abordei uma enfermeira.
— Por favor, poderia me informar onde está o rapaz que deu entrada junto com a senhorita Clara? — perguntei, a voz ainda tensa.
Ela consultou o comp