CAPÍTULO 108

Na adega, envolto pelo frio das paredes de pedra e pelo cheiro doce do carvalho antigo, liguei para os detetives. Clara tinha razão desde o começo. Eu era mais do que aquela fome de vingança que me consumia. E, acima de tudo, sabia que Beatriz precisava de ajuda; nada nos surtos dela era normal.

— Não façam nada contra ela — pedi, a voz firme. — Continuem procurando. Quando encontrarem, apenas acionem a polícia.

Houve um silêncio breve do outro lado, antes do detetive concordar, ainda sem entender o motivo da minha mudança de coração.

Desliguei e voltei para a sala. Entreguei as garrafas de vinho a Hélène, que preparava a mesa com a precisão carinhosa de quem conhece cada detalhe da casa. Subi para o quarto.

E parei no batente.

Clara estava pronta.

O vestido dela, um longo de seda champagne, abraçava o corpo com uma elegância quase silenciosa. O decote em V, suave, revelava sem expor. A cintura marcada valorizava a leve curva da barriga, enquanto o tecido fluía até o chão como água em
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App