— Senhor, desculpe o horário… mas a senhorita Beatriz se encontra aqui — informou a recepcionista, hesitante.
Ao fundo, escutei a voz de Beatriz alterada, gritando algo que não consegui entender.
Fechei os olhos, respirei fundo. Eu detestava escândalos — qualquer tipo deles.
— Senhor, posso deixá-la subir? — insistiu a recepcionista.
— Não. — respondi, seco, desligando o telefone.
Meu sangue ferveu. O que aquela louca estava fazendo ali?
Por descuido do segurança, ela conseguiu entrar no elevador e subir.
Bateu à porta com força, acordando Clara assustada.
Vesti rapidamente as calças e fui abrir.
— Beatriz, você enlouqueceu? Saia daqui agora! — falei, segurando-a pelos braços enquanto ela tentava forçar a entrada.
— Então é isso?! Está com outra mulher?! — ela gritava, visivelmente embriagada.
— Esse homem está só te usando, como fez comigo! — vociferou, apontando para Clara.
A confusão ecoava pelos corredores. Logo, os seguranças chegaram, e mesmo enquanto a arrastavam pa