O ar da madrugada estava pesado, como se até o vento soubesse que algo ruim estava prestes a acontecer.
O depósito em chamas. Dois homens feridos. Mercadoria destruída.
Mas o que me tirou do eixo foi o recado deixado.
Um papel, simples.
Dobrado com precisão.
"Isso é só o começo. — F."
Filippo. Filho da puta.
Ele tinha ousadia. Tinha coragem. Mas agora... tinha assinado a própria sentença.
— Giovanni. — rosnei, andando até ele com os olhos em brasa. — Acabou o tempo do jogo. Quero ele. Hoje.
— Matteo... — Giovanni tentou argumentar, mas meu olhar o calou.
— Não. Chega. Esse merda já passou dos limites. Destruir um depósito? Ferir nossos homens? Querer me provocar? Não. Não dessa vez. Quero ele aqui. Amarrado. Sangrando. E se algum dos nossos tiver dúvida sobre o que fazer... que vá com ele.
— Entendido.
— E se ele estiver protegido? — perguntou Francesco, tenso.
— A gente derruba quem estiver por perto. Não me importa. Ele cruzou a linha. Mexeu com meu território, com minha