Eu não gosto de ser desafiado.
E muito menos dentro da minha própria casa.
Muito menos pela minha mulher.
Desde que tudo começou com Isabella, eu venho tentando manter a porra da razão. Tentando controlar a tempestade que cresce dentro de mim, engolindo minha sanidade aos poucos.
Mas Angeline?
Ela está forçando a barra.
Recebi uma ligação do Giovanni no meio da tarde.
Só o fato dele me ligar para falar de Isabella já acendeu o alerta.
Mas foi quando ele começou com aquele tom de quem tenta me “fazer entender” que eu soube.
Angeline meteu ele nessa história.
— Você tem ideia do que está fazendo, Matteo? — perguntou Giovanni, com a voz firme, mas não desrespeitosa.
— Tô fazendo o que precisa ser feito. Isabella precisa de disciplina, não de mimos.
— O que ela precisa é de você, porra. De presença. De pai. E Angeline… ela tá tentando manter a porra toda de pé enquanto você vira as costas.
— Não me fode, Giovanni. Você sabe como essas coisas funcionam. Emoção demais só enfraquece.