O dia começou como todos os outros: com uma xícara de café amargo e uma pilha de relatórios que parecia nunca diminuir. A Benites Security não perdoava, e eu tampouco. Reuniões atrás de reuniões, clientes exigentes, funcionários que precisavam de orientação... às vezes, eu me perguntava se tudo aquilo valia a pena. Mas era minha responsabilidade, meu legado. E, no fim do dia, era tudo o que eu tinha.
— Senhor Benites, os representantes da GlobalTech estão na sala de conferências — minha secretária anunciou, interrompendo meus pensamentos. Ela era a única pessoa na empresa que ainda me tratava com um olhar carinhoso, como se soubesse que, por trás da fachada de CEO rabugento, havia um homem cansado.
— Obrigado — respondi, levantando-me da mesa. — Diga a eles que estarei lá em cinco minutos.
Ela acenou com a cabeça, mas antes de sair, lançou-me um olhar preocupado.
— Você já almoçou, senhor Benites?
— Não há tempo — respondi secamente, ajustando o nó da gravata.
As reuniões se arrast