Eu nunca pensei que minhas mãos fossem capazes de suar tanto. Estavam coladas uma na outra, escondidas discretamente atrás das costas, enquanto eu tentava controlar a respiração. O altar estava impecavelmente decorado, com flores brancas e verdes, o mar ao fundo servindo de cenário perfeito, mas eu não conseguia me fixar em nada além da ideia de que, em poucos minutos, Giulia caminharia até mim.
A cada suspiro, meu coração parecia bater mais alto, como se quisesse escapar do peito. Eu olhava em volta e via rostos conhecidos — amigos, familiares, pessoas que acompanharam pedaços da nossa história —, mas todos eram apenas borrões diante da ansiedade que me consumia.
E então, o som suave da música começou. Todos se levantaram, e eu senti minhas pernas quase falharem. O coração parou por um instante, só para disparar em seguida. Porque ali estava ela.
Giulia surgiu, de braços dados com o pai, caminhando lentamente em minha direção. O vestido branco parecia feito de nuvens e luz. O sorriso