A cada passo em direção à casa dos pais de Giulia, meu coração batia mais rápido. Não importava quantas vezes eu cruzasse aquele portão, sempre sentia uma mistura estranha de nervosismo e gratidão. Nervosismo porque ainda havia muito que curar, muito a reconstruir. Gratidão porque, apesar de tudo, estávamos juntos, vivos, com a chance de recomeçar.
Miguel abriu a porta antes mesmo que eu pudesse tocar a campainha. O sorriso dele era discreto, mas sincero.
— Ela está na sala com Isa e a Serena.
Assenti em agradecimento e entrei. O calor do lar deles me envolveu imediatamente, e em segundos meus olhos a encontraram.
Giulia estava sentada no sofá, com Serena adormecida no colo. A luz suave da luminária destacava os traços dela — ainda mais lindos, ainda mais fortes depois de tudo que havia passado. Ela me olhou e sorriu daquele jeito que parecia roubar o ar dos meus pulmões.
— Noah… — murmurou, como se meu nome fosse uma prece.
Aproximei-me devagar, sentindo o mundo silenciar à nossa vol