O som do sino da porta da cafeteria ecoou pelos meus ouvidos como uma música conhecida. Era estranho: parte de mim reconhecia cada detalhe daquele lugar, como se fosse uma velha amiga; outra parte, no entanto, se sentia uma visitante, alguém que ainda estava tentando se reconectar com o passado. Respirei fundo, ajustando a alça da bolsa no ombro, enquanto Noah empurrava o carrinho de Serena logo atrás de mim.
— Tem certeza de que está pronta? — ele perguntou, com aquela preocupação doce que sempre o acompanhava.
— Estou — respondi, ainda que minha voz saísse trêmula. — Acho que preciso disso.
Assim que dei o primeiro passo para dentro, uma explosão de vozes e palmas me cercou.
— Bem-vinda de volta, Giulia!
Meu coração quase saiu pela boca. Fitas coloridas caíram do alto, e eu vi Isa sorrindo com aquele jeito caloroso que me fazia sentir parte de algo maior. Atrás dela estavam os funcionários da cafeteria — alguns rostos eu não lembrava, outros me eram familiares como flashes rápidos.