O relógio na parede marcava dez da manhã quando uma batida suave na porta anunciou a entrada de uma enfermeira. Eu estava sentada na poltrona, com Serena adormecida no colo, e Noah estava de pé, apoiado na parede, segurando uma garrafa de água. Meus olhos ardiam de cansaço, e meus ombros doíam, mas o medo me mantinha desperta.
— Bom dia, Giulia. Bom dia, Noah — disse a enfermeira, sorrindo com delicadeza. — Eu sou a Helena, da equipe de pediatria. Vim para uma orientação especial para vocês.
— Orientação? — perguntei, ajustando Serena com cuidado.
— Sim. — Ela puxou uma cadeira e se sentou diante de nós. — Vamos falar sobre o cuidado com crianças com suspeita de diabetes tipo 1. Mesmo que os exames finais ainda não tenham saído, é importante que vocês aprendam como agir desde já.
Senti meu peito apertar. Eu sabia que isso era necessário, mas parte de mim ainda queria acreditar que tudo era um engano, que minha filha não precisaria viver com isso.
Noah se aproximou, ficando atrás de mi