O sol ainda nem tinha aparecido quando abri os olhos, sentindo as pálpebras pesadas e os músculos doloridos pela posição em que dormi. O barulho dos monitores, o bip constante e o ar frio do quarto hospitalar eram lembranças de que a noite anterior não tinha sido um pesadelo. Era real.
Minha filha estava ali, deitadinha no berço transparente, com um soro no bracinho minúsculo e um sensor preso ao pé. A visão dela assim, tão pequena e vulnerável, fez meu peito se apertar com força.
Noah estava no sofá improvisado, caído de lado, com uma manta fina sobre os ombros. Ele devia estar exausto, mas mesmo dormindo parecia tenso, como se o corpo dele estivesse pronto para reagir a qualquer choro de Serena.
Me levantei devagar, sentindo o chão gelado sob os pés, e fui até o berço. Acariciei de leve a cabeça da minha bebê, observando o peito dela subir e descer num ritmo mais calmo. A febre tinha baixado depois do soro e dos medicamentos, e agora ela parecia tão frágil que uma brisa poderia queb