Entramos na emergência do hospital praticamente correndo. O ar frio, o cheiro de desinfetante e o som de monitores misturavam-se ao choro agudo de Serena, que parecia cortar o peito de todo mundo ali.
— Por favor! — Giulia quase gritou, a voz embargada, apertando a filha contra si. — Minha bebê… ela não para de chorar, está quente, suando…
Uma enfermeira correu em nossa direção, puxando um carrinho de triagem.
— Venham rápido! — ela disse com urgência. — Deixem ela aqui.
Ver Giulia hesitar por um segundo, agarrada à filha como se fosse parte do próprio corpo, me cortou por dentro. Eu toquei o ombro dela.
— Amor… — As palavras saíram antes que eu pudesse controlar. — Precisamos confiar neles.
Ela respirou fundo e colocou Serena com cuidado na maca infantil. Eu fiquei ao lado, sentindo o mundo girar devagar e rápido ao mesmo tempo.
O médico chegou, pediu para tirarem a temperatura e a glicemia. Meu coração acelerou quando ouvi a palavra glicemia. A consulta de dias atrás ecoou na minha