Na manhã seguinte à noite chuvosa na biblioteca, Isabel acordou com uma sensação estranha de leveza. As palavras de Gabriel, o livro de poesia em suas mãos e o silêncio confortável que haviam partilhado ainda ecoavam dentro dela. Vestiu-se sem pressa, escolhendo um vestido simples em tons claros, e desceu para o café.
Encontrou Gabriel já pronto, conversando com Álvaro sobre alguns compromissos menores na cidade. Ao vê-la, interrompeu a conversa e ergueu-se.
— Há um evento beneficente hoje em Santa Aurélia — disse, enquanto ela se servia de café. — Pequeno, discreto. Talvez seja bom para começarmos a mostrar sua presença em ocasiões mais tranquilas.
Isabel hesitou por um instante, mas concordou.
— Se você acha que é importante, então eu vou.
O evento era simples, nada comparado aos grandes banquetes ou jantares de gala. Uma feira cultural organizada na praça principal, com barracas de doces, artesanato local e apresentações de música. Isabel caminhava ao lado de Gabriel entre os morad