Após a longa conversa com o pai, Paul jurou a si mesmo que não iria até o apartamento de Monique. Estava exausto, cheio de dúvidas, e preferiu se recolher. Mas, ao chegar próximo de casa, uma inquietação tomou conta dele. Algo o corroía por dentro, uma sensação estranha que não o deixava em paz. Contra a própria decisão, voltou atrás. Mandou o motorista seguir até o prédio de Monique.
Na portaria, cumprimentou o segurança noturno:
— Boa noite, senhor Paul. Sua noiva está no apartamento, sim.
Paul inclinou a cabeça, em silêncio, e antes que pudesse prosseguir, o porteiro comentou:
— Ela está lá em cima com o doutor William. Esses últimos dias ele tem aparecido bastante, sempre dizem que estão preparando audiências importantes.
A sobrancelha de Paul arqueou levemente.
— Entendo — murmurou, tentando disfarçar a surpresa.
Foi então que reparou: em cima do balcão havia um grande buquê de rosas vermelhas, recém-entre