Paul respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos, como quem tenta organizar os pensamentos.
— Papai… — começou ele, com a voz embargada. — Eu vou para casa, vou amadurecer bem essa decisão. Mas, sendo sincero, eu já sei o que vou fazer. Não tem como. São muitas pessoas falando a mesma coisa. Se fosse um plano de negócios… imagine só: eu tivesse um projeto e várias pessoas me aconselhassem que aquele sócio me traria falência, e mesmo assim eu não ouvisse, insistisse e acabasse falido— ele balançou a cabeça, pensativo. — Isso é exatamente o que está acontecendo comigo. Só que agora não é um sócio, é uma noiva. E não é a falência de uma empresa que está em risco, é a falência da minha vida pessoal.O pai concordou com um gesto sereno.— Justamente, meu filho. Aprenda a ouvir a sua intuição.Paul o encarou, atento.— Porque veja, Paul — prosseguiu o pai. — Sua mãe jamais falaria algo para te prejudicar. E eu esperei você me chamar para dar