O dia amanheceu cinzento, com uma névoa fina pairando sobre Boston. Paul acordou mais cansado do que quando deitou. A noite havia sido longa, repleta de pensamentos contraditórios e sonhos que o deixaram inquieto. O rosto de Elise surgira tantas vezes em sua mente que, ao despertar, ele sentiu um aperto no peito e a certeza de que aquela distância que havia começado a impor entre ele e Monique não era apenas estratégica — era também um alívio.
Enquanto se vestia para o trabalho, Paul refletiu sobre a conversa com o pai na noite anterior. As palavras ecoavam como um conselho firme, mas cheio de amor: “Aprenda a ouvir sua intuição, meu filho. Um casamento sem amor não se sustenta. É melhor encarar a dor de um rompimento agora do que carregar a infelicidade para a vida toda.”
Com esse pensamento, decidiu que a partir daquele dia, manteria uma barreira sólida entre ele e Monique. Não havia mais entusiasmo, não havia mais desejo de vê-la. O que existia era uma