MATTEO MANCINI
A discussão se transformou em um turbilhão de acusações de ambos os lados. A verdade, brutal e crua, finalmente veio à tona em meio a gritos e lágrimas. Eu expus minhas suspeitas, lembrando de cada detalhe, cada inconsistência em suas histórias, cada vez que ela forçou uma situação. Ela negava veementemente, vociferando acusações e tentando inverter a situação, pintando-se como a vítima de minhas paranóias e da minha obsessão por Alexia. Mas suas palavras soavam ocas, sem a convicção de antes. Eu via o medo em seus olhos, o receio de perder o controle. Seus olhos evitavam os meus, denunciando a farsa que ela havia montado.
No meio da briga, ela cambaleou novamente, a mão na barriga, o mesmo gemido teatral de sempre. Mas dessa vez, não corri para ampará-la. Fiquei parado, observando, meu olhar fixo e inabalável.
— Daniela — minha voz era um aviso, um ultimato. — Se você está realmente passando mal, eu chamo o médico. Mas se isso for mais uma de suas encenações...
El