Capítulo 63

MATTEO MANCINI

A ausência de Alexia se instalou no apartamento como um silêncio cortante, mais pesado do que qualquer barulho que pudesse preenchê-lo. Cada canto da casa, antes repleto da sua risada, do seu cheiro, da sua presença vibrante, agora ecoava um vazio que me rasgava por dentro. A dor da sua partida era uma ferida aberta, pulsando a cada lembrança, a cada objeto que me remetia a ela. Eu andava pelos cômodos como um fantasma, procurando por algo que me dissesse que tudo não passava de um pesadelo, mas a realidade era fria e cruel: ela se foi, e levou consigo a única parte de mim que parecia completa.

E como se a agonia de perdê-la não fosse suficiente, a vida insistia em me apertar em um nó cada vez mais sufocante. Daniela, com sua teatralidade calculada, decidiu que o "bem-estar do bebê" exigia que ela se mudasse para cá.

— Matteo, não é pelo meu bem, é pelo nosso filho — ela insistia, com uma voz que parecia desenhada para a inocência, mas que eu sabia esconder uma mani
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