ALEXIA DINIZ
Virei algumas páginas e encontrei uma seção intitulada "Interações Públicas". Havia instruções sobre como nos comportar em eventos, sobre a frequência de beijos e toques. E, para minha surpresa, havia uma seção sobre demonstrações de afeto mais íntimas. Meu coração deu um salto.
— O que é isso? — apontei para a seção, minha voz um pouco mais alta do que eu pretendia.
Matteo pegou o roteiro e leu a seção. Sua expressão se tornou séria, mas não surpresa.
— Precisamos ser convincentes, Alexia. A mídia e meus irmãos estão nos observando. Não podemos deixar margem para dúvidas — ele explicou, a voz controlada, mas eu podia sentir a tensão em seus ombros.
— Mas isso é demais! — exclamei, sentindo um calafrio percorrer minha espinha. A ideia de fingir uma intimidade que não sentíamos, de ir além de beijos e toques superficiais, era assustadora.
— É necessário. As pessoas esperam ver uma certa paixão — ele disse, desviando o olhar, e eu pude ver um leve rubor em suas bo