ALEXIA DINIZ
Eu estava na sala, tentando relaxar com um livro, quando os meninos entraram. Matteo veio direto para mim. Ele se aproximou, e eu sabia o que viria: mais uma performance para a plateia familiar.
Seus braços, fortes e ágeis, envolveram minha cintura com uma familiaridade que me fazia questionar minha própria sanidade, e seus lábios quentes se encontraram com os meus em um beijo que, embora breve, acendeu uma corrente elétrica incômoda e perigosamente familiar. Era um beijo de "boa noite" para os irmãos, para sustentar a imagem de casal apaixonado. Mas, para ser honesta, a sensação da pele dele contra a minha, o leve roçar de seus lábios, despertou algo dentro de mim que eu teimava em manter adormecido. Aquele homem era a personificação da tentação, um problema ambulante vestido de um terno perfeitamente ajustado, e cada contato físico era um lembrete perigoso da proximidade que eu precisava manter sob controle, mas que parecia escorregar entre meus dedos. Meus lábios resp