— Obrigado pela comida — agradeci, recostando contra a cabeceira da cama, ainda com o gosto daquele tempero suave na boca.
— Que bom que gostou — disse Sophie, sorrindo enquanto recolhia os pratos da mesinha improvisada.
— O Noah é mesmo um cara de sorte — comentei, evitando encará-la diretamente e focando no prato agora vazio à minha frente.
— Por que acha isso? — perguntou, curiosa, virando o rosto para mim.
— Porque ele pode comer essa comida gostosa quando quiser — forcei um riso, tentando disfarçar a inveja que queimava dentro de mim feito febre.
Ela baixou os olhos, mexendo nos talheres como se estivesse buscando coragem em cada movimento.
— Na verdade... eu nunca cozinhei pra ele — disse, com a voz mais baixa, como se aquilo fosse um segredo. — Ele é quem sempre traz algo que ele fez pra mim — continuou, agora sorrindo como se lembrasse de algo doce — Pra falar a verdade... eu nunca cozinhei pra ninguém.
Ela levantou os olhos, e naquele instante, havia algo diferente ne