Lucas narrando
No dia seguinte, acordei com o som do despertador me dando um tapa sonoro na cara. Ainda sonolento, me arrastei até o banheiro, vesti a roupa meio no automático e, quando estava tentando dar um nó decente na gravata, a voz de Lara ecoou do corredor:
— Lucas, vamos nos atrasar assim! — ela reclamou.
— Já estou indo! — respondi, enquanto terminava de passar a mão no cabelo ainda bagunçado.
Ela surgiu na porta do banheiro como se fosse uma atriz de comercial de perfume — o cabelo preso em um coque alto, maquiagem suave e aquele blazer justo que deixava qualquer um sem palavras.
— Sua gravata está torta, pera aí. — disse, aproximando-se de mim com um ar de quem estava acostumada a salvar desastres.
Ela ajeitou minha gravata com delicadeza, seus dedos roçando levemente meu peito. O toque era simples, mas meu coração disparou como se tivesse corrido uma maratona.
Eu sou só um figurante que não se destaca na faculdade... e mesmo assim...
— Abaixa, Lucas — ped