Mundo de ficçãoIniciar sessãoLara é a garota dos sonhos de muitos: ruiva, dona de olhos azuis hipnotizantes e sardas que acentuam ainda mais sua beleza. Popular e descolada no Campus, ela parece ter tudo... menos o amor de Noah, o garoto mais cobiçado da universidade. Enquanto todos a enxergam como inalcançável, Noah a vê como qualquer outra pessoa, deixando Lara presa em uma paixão não correspondida. Do outro lado, temos Lucas, um nerd apaixonado por videogames e mestre em se manter nas sombras. Por anos, ele carrega em segredo uma paixão por Lara, sua amiga de infância. Mas, incapaz de se declarar, ele se conforma com a famigerada friendzone. Quando Noah começa a namorar Sophia, a garota que Lucas sempre quis, a vida dos dois vira de cabeça para baixo. É então que Lara, movida por uma ideia brilhante (ou completamente maluca), propõe que ela e Lucas finjam ser um casal. O plano? Despertar o ciúme de Noah e Sophia, forçando-os a olhar para eles com outros olhos. Mas o destino adora pregar peças. Entre momentos forjados e sorrisos que deveriam ser apenas atuação, o que era para ser uma farsa começa a parecer cada vez mais real. E talvez, só talvez, o amor verdadeiro estivesse bem diante deles o tempo todo.
Ler maisLaraO refeitório estava cheio como sempre. Vozes ecoavam por todos os cantos, o cheiro da comida se misturava com o perfume de quem passava, e o barulho das bandejas batendo nas mesas criava uma trilha sonora caótica, mas familiar. Me sentei com a Julia e a Mel, minhas duas fiéis companheiras de caos e confidências.— Atim! — espirrei, levando a mão ao rosto rapidamente.— Tá tudo bem? — perguntou Julia, me olhando preocupada por cima do copo de suco.— Será que tem alguém falando de você? — insinuou Mel com um sorrisinho travesso.Revirei os olhos.— Ah, cala a boca, Mel — retruquei, pegando o guardanapo. — Não viaja, vai...— Você é bem popular, sabe? — ela argumentou, dando de ombros como se a lógica estivesse toda do lado dela.Julia aproveitou a deixa e mudou de assunto:— Aliás... tão sabendo dos novos casais que estão se formando por aí?— Pois é — completou Mel, se inclinando com empolgação — Fiquei sabendo que isso tudo é influência de você e do Noah.Soltei um riso nasal, b
Lucas narrando No dia seguinte, acordei com o som do despertador me dando um tapa sonoro na cara. Ainda sonolento, me arrastei até o banheiro, vesti a roupa meio no automático e, quando estava tentando dar um nó decente na gravata, a voz de Lara ecoou do corredor: — Lucas, vamos nos atrasar assim! — ela reclamou. — Já estou indo! — respondi, enquanto terminava de passar a mão no cabelo ainda bagunçado. Ela surgiu na porta do banheiro como se fosse uma atriz de comercial de perfume — o cabelo preso em um coque alto, maquiagem suave e aquele blazer justo que deixava qualquer um sem palavras. — Sua gravata está torta, pera aí. — disse, aproximando-se de mim com um ar de quem estava acostumada a salvar desastres. Ela ajeitou minha gravata com delicadeza, seus dedos roçando levemente meu peito. O toque era simples, mas meu coração disparou como se tivesse corrido uma maratona. Eu sou só um figurante que não se destaca na faculdade... e mesmo assim... — Abaixa, Lucas — ped
Lucas Narrando— Droga! — resmungo alto, agarrando um travesseiro e arremessando-o com força contra a parede do meu quarto. O impacto não alivia em nada a bagunça que tá aqui dentro. — Eu entrei em pânico… — continuo, andando de um lado pro outro no quarto como um bicho enjaulado — e acabei fazendo merda. — Passo a mão no cabelo, frustrado. — Eu não sabia o que fazer. Mas, sinceramente? Já era de se esperar. — Solto um riso nervoso e bufado. — Eu não sou o tipo de cara que encontra uma garota chorando e sabe exatamente o que dizer ou fazer... — paro diante do espelho e encaro meu reflexo, olhos marcados e expressão cansada. — Dessa vez, eu tive sorte. Ela dormiu. Mas da próxima… da próxima pode não ser tão fácil escapar.Um som me tira do devaneio: batidas suaves na porta.— Lucas? — ouço a voz abafada. — Você está acordado?Reconheço de imediato.— Lara? — pergunto, já caminhando até a porta.— Sim... abre aqui pra mim, tá frio aqui fora.Giro a maçaneta e abro. Quando vejo a cena à
Na manhã seguinte, o clima no campus parecia o mesmo de sempre — barulho dos alunos circulando pelos corredores, vozes misturadas, passos apressados. Mas por dentro, tudo estava diferente. Meus pensamentos estavam mais pesados do que a mochila que eu arrastava no ombro. Me sentei no canto da sala, tentando fingir que estava interessado em alguma coisa além da minha própria confusão.— Ué, cadê a Lara? — perguntou Mel, ajeitando a tiara vermelha no cabelo ruivo enquanto olhava em volta, como se a amiga fosse surgir debaixo da carteira.— Não veio — respondeu Julia, sem levantar o olhar do celular. — Ela pediu pra avisar que estava gripada.Mel franziu a testa, cruzando os braços com um olhar desconfiado.— Mas assim, do nada?— Na verdade, ela chegou a vir — comento, sem tirar os olhos da tela do celular enquanto deslizo o dedo para abrir o app do eFootball. — Mas não se sentiu bem e voltou pro quarto.As duas me olharam por breves segundos. Julia apertou os lábios, Mel desviou o olhar
Narração: Lara — Ai, que droga! — esbravejei, bufando. — Bando de baba-ovo... — resmunguei, tossindo logo em seguida. — Credo, quanta poeira! Comecei a guardar o material reclamando sozinha, quando ouvi alguém me chamar: — Lara! Tomei um baita susto ao reconhecer a voz. — Noah?! — exclamei, perdendo o equilíbrio. Cambaleei e me choquei contra a prateleira onde acabava de guardar o uniforme. De repente, vi Noah correndo na minha direção, um olhar de puro desespero. Antes que eu entendesse o que estava acontecendo, olhei para cima: um cesto cheio de bolas de basquete despencava em minha direção. Antes que pudesse ser acertada, Noah me empurrou para longe. Caí no chão e ele caiu por cima de mim, mas, graças a ele, nenhuma bola nos atingiu. — Nossa, que perigo... — disse Noah, rindo sem graça enquanto eu permanecia paralisada, ainda em choque. — Foi mal, a culpa foi minha. Acabei te assustando. — Obrigada, Noah... — falei, me levantando apressada, tentando sair de debaix
Lara (narração): — Como assim tem um boato sobre o Noah?! — exclamei, arregalando os olhos e me inclinando para mais perto das meninas. — Parece que ele e a Sophie tiveram a primeira vez — sussurrou Mel, olhando discretamente para os lados antes de falar, como se estivesse contando um segredo proibido. — É, eu também escutei isso — comentou Júlia, ajeitando o cabelo atrás da orelha. — E se você reparar, eles estão bem mais íntimos... coisa de quem faz essas coisas, sabe? Tentei forçar um sorriso, mas a pontada que atravessou meu peito quase me fez perder o ar. — Normal — murmurei, desviando o olhar para a janela, onde o sol brilhava forte demais para o meu gosto — Casais de namorados fazem isso... e mesmo assim se separam. Não é nada demais. O silêncio desconfortável que se seguiu foi logo quebrado pela Mel, com seu jeito direto: — Ah, corta essa, Lara! — Ela cruzou os braços, encarando-me. — Você não tá percebendo que tá perdendo o Noah pra aquela CDF? — É mesmo, Larinha — J





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