Sam
O quarto do Royal Hotel exalava um perfume doce de flores frescas, perfume de jasmim e sândalo, maquiagem recém-aplicada e nervosismo contido. A luz que entrava pelas grandes janelas era quente e dourada, banhando o ambiente com a mesma luminosidade suave de um quadro impressionista. Vestidos pendurados, acessórios espalhados com cuidado e uma taça de suco de melão repousando sobre a penteadeira criavam o cenário íntimo da preparação de um dia inesquecível.
Samanta, em pé diante do espelho triplo de moldura dourada, parecia uma pintura viva. Seu vestido de noiva, leve como uma névoa e delicadamente envolto em tule suave, contornava suas curvas com elegância. A barriga discretamente arredondada não escondia a gravidez, pelo contrário, a tornava ainda mais bela. Havia algo quase etéreo nela; o brilho dos olhos, o sorriso cheio de emoção e a tranquilidade que só o amor verdadeiro proporciona.
— Você está divina — murmurou Amélia, com a mão no peito e os olhos marejados. — Sério, Sam