Alberto
Alberto dirigia pelas ruas de São Paulo com os nós dos dedos brancos de tanto apertar o volante. O motor do carro roncava ferozmente enquanto ele acelerava, mas não tanto quanto a fúria que queimava em seu peito.
O que aconteceu no restaurante foi uma afronta que ele não podia deixar passar. Aqueles desgraçados olharam para Samanta como se ela fosse um presente embalado especialmente para o prazer deles, e Tony Morello... aquele imbecil atrevido, iria aprender uma lição sobre o que acontecia com quem ousava tocar no que pertencia a Alberto Darius.
Seus olhos se estreitaram, os maxilares travados. Sempre desconfiou da forma como Daniel Benevides se relacionava profissionalmente com Samanta. Ela estava envolvida em jantares, coqueteis e uma variedade de eventos.
Agora sabia exatamente o que estava acontecendo. Samanta estava sendo oferecida como uma diversão camuflada para os clientes da agência. Seu próprio chefe agia como um cafetão, colocando-a em uma vitrine sem que ela se