Philipe segurava firme a mão de Ashley, como se aquele gesto pudesse compensar todos os meses em que estiveram separados. Os olhos dele ainda estavam marejados pelo reencontro, pelo alívio de saber que ela estava ali, viva, grávida do filho deles, disposta a recomeçar.

— Eu nem sei por onde começar — ele disse, a voz embargada. — São tantas coisas que ficaram engasgadas... Mas antes de qualquer coisa, eu queria saber: como foram esses meses longe de mim?

Ashley suspirou. Seus dedos acariciaram os dele, e o olhar baixou por um instante, como se buscasse fôlego dentro de si.

— Foram os meses mais solitários da minha vida, Philipe — ela respondeu, com honestidade crua. — Eu chorava todas as noites. A lembrança do nosso último beijo era o que me fazia continuar. Eu sonhava com você. Às vezes acordava com o som da sua risada na minha cabeça... como se você estivesse ali. Mas o mais difícil era carregar o nosso filho, sentindo ele crescer dentro de mim