Ashley digitava o número da casa dos avós com cuidado, como se cada toque na tela fosse um aceno para a infância que viveu sob aquele teto simples, cheio de carinho e cheirinho de café passado. Quando o telefone chamou, ela respirou fundo.
Philipe entrelaçou seus dedos nos dela, silenciosamente apoiando.
— Alô? — a voz firme e conhecida de seu avô soou do outro lado, fazendo os olhos dela se encherem de lágrimas instantaneamente.
— Vovô? É... sou eu... a Ashley...
— Minha menina! — exclamou o velho, emocionado. — Graças a Deus! A gente tava tão preocupado! A vovó está aqui do lado, espera...
Ouviu-se o som de passos e, em seguida, a doce voz da avó:
— Ashley, minha neta! Onde você está? Está tudo bem com você, querida?
Ela mal conseguiu falar. Um soluço escapou antes das palavras:
— Eu tô bem, vovó. Tô em Boston. E... tem muita coisa pra contar. Mas eu queria que vocês soubessem que estou segura. E fel