(POV Selene)
A noite anterior ainda queimava na minha pele.
O beijo de Ronan, bruto e sem permissão, o peso dele sobre mim, a forma como me prendeu contra o chão… tudo isso ecoava na minha mente como se tivesse acontecido há segundos.
Mas foi só isso.
Beijo. Toques.
E nada além.
Eu queria mais.
Meu corpo pedia mais.
O selo exigia mais.
E, ainda assim, nenhum deles cedeu. Nem Ronan, nem Dorian, nem Caelan.
Era como se os três estivessem jogando um jogo silencioso comigo — sempre indo até a beira, mas nunca cruzando a linha.
Agora era outro dia.
E eu estava suada, socando o saco de areia como se fosse inimigo.
O couro estalava a cada golpe, e minha respiração era curta, mas não cansada. Pelo contrário: eu me sentia mais forte, mais desperta. Cada músculo parecia mais afiado do que ontem, e mesmo assim não era suficiente para calar a lembrança.
Pensei no beijo. No rosnado baixo que Ronan deixou escapar contra a minha boca. No jeito como o selo queimou quando ele me segurou. Pensei no fat