A manhã avançava lentamente, mas para Isabela o tempo parecia correr em círculos. As palavras de Rafael ainda ecoavam dentro dela como um martelo incessante: “Eu já trabalhei com eles.”
Cada lembrança da noite anterior — o confronto, os segredos revelados, a intensidade do olhar dele — pulsava em sua mente como uma ferida aberta.
Ela caminhava pela Avenida Paulista, cercada pelo caos habitual da cidade. Carros buzinavam, pessoas se apressavam para o trabalho, mas nada daquilo importava. Dentro dela, um turbilhão de sentimentos a mantinha dividida entre razão e coração.
— Preciso de provas, não só de palavras — murmurou para si mesma, ajustando a bolsa no ombro.
O celular vibrou. Uma mensagem curta, sem remetente identificado:
“Se quer a verdade, venha sozinha. Rua do Carmo, 22. Hoje, 20h.”
Um arrepio percorreu sua espinha. Poderia ser uma armadilha, mas também podia ser a chance de desmascarar Henrique de uma vez por todas.
Mais tarde, no apartamento, Tânia a observava andar de um lad