As luzes neon do bairro da Liberdade piscavam como estrelas distantes, refletindo a energia frenética de São Paulo. Isabela caminhava rapidamente, os passos ressoando sobre as calçadas irregulares. O cheiro de comida de rua misturava-se ao aroma do asfalto quente, criando um pano de fundo familiar que sempre a acolhia. Mas naquela noite, havia algo diferente: uma tensão no ar, um pressentimento que a fazia acelerar o passo.— Isabela! — A voz de Tânia ecoou, interrompendo seus pensamentos. A amiga surgiu de repente, com um sorriso que misturava preocupação e exasperação. — Você não vai acreditar onde deixou o carro!Isabela revirou os olhos, mas não conteve um sorriso.— O que foi desta vez? Deixei no estacionamento da redação, certo?— Não exatamente. Aparentemente, você decidiu que o melhor lugar para estacionar era na porta do bar do Rafael. — Tânia cruzou os braços, a expressão agora mais séria. — O que você está fazendo, garota? Isso não é só uma investigação, é um campo de minas
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