Na cela mal iluminada, Linda andava de um lado para o outro, com a frustração fervendo sob a fachada controlada, enquanto o advogado lhe entregava as más notícias do outro lado das frias barras de aço.
Logo, a voz dela saiu como um sibilo venenoso:
— Então você está dizendo que não pode impedir isso? Que é completamente inútil?
O advogado engoliu em seco, com o olhar vacilando de nervosismo.
— Eu... Eu sinto muito, Sra. Miller. No entanto, as provas contra a senhora são esmagadoras. Tentei de tudo, mas os juízes...
— Poupe-me das suas desculpas. — Cortou Linda em tom gélido, falando baixo, mas com um fio de voz afiado. — Eu lhe pago uma fortuna para me defender e me tirar daqui, não para ouvir justificativas de incompetência.
O advogado pigarreou, tentando manter a compostura.
— Ainda temos opções. Se alegarmos coação e dissermos que a senhora foi forçada a agir assim, há uma chance de influenciarmos o tribunal durante o julgamento.
— Durante o julgamento? — Linda o encarou incrédula.