Dante encara a fachada da casa como quem examina um campo de batalha. A madeira das janelas está estilhaçada, a porta arrebentada com brutalidade, como se algo — ou alguém — tivesse atravessado com pura força bruta. A energia do lugar é sufocante. O cheiro de medo ainda paira no ar, denso e recente.

O cheiro de sangue já o alertava desde o carro. Mas agora, parado na porta semiaberta, ele consegue distinguir o odor de duas fêmeas lunas cimexs lycans em meio a de muitos machos.

Ele cruza a linha da fita amarela com um passo firme, os olhos percorrendo cada detalhe.

Celina segue logo atrás de Dante, pisando com cuidado, seus pés desviado do mar de cacos de vidros espalhados pelo chão, de vasos, copos entre outros objetos que ela não soube identificar no primeiro momento. As cortinas rasgadas balançam com o vento frio que entra por entre as janelas quebradas tocando seu rosto.

Seu olhar recai sobre as facas sujas de sangue seco, algumas espalhadas pelo chão, outras fincadas nos moveis e