O telefone celular vibra nas mãos de Kaito, que estica o braço para Dante sem dizer nada. O detetive pega o aparelho e leva ao ouvido com um suspiro silencioso, ainda sentindo o calor do quarto às costas.
— Diga — ele solta, a voz rouca.
— Boa noite, Alfa Dante — a voz do ômega ressoa no fone, cerimoniosa e cautelosa. — Sei que não gosta de receber diretamente as ligações desse velho e deixa um secretario humano, mas esse assunto tem que tratado direto com o senhor.
Dante não responde de imediato. Um rosnado baixo vibra em sua garganta, enquanto seus ombros ficam rígidos, como se já sentisse a gravidade do que está por vir. Galak entende o recado e vai direto ao ponto.
Kaito escuta atendo. Ninguém na matilha de Dante sabe que é ele é um ômega nascido de pais solitários, muito menos que Dante havia o aceitado e dito que ele poderia chama-lo de Alfa.
— Seis alfas com suas matilhas atravessam o nosso território — Galak começa. — Cruzando nossas montanhas para chegarem ao território do Ge