O som do chuveiro cessa, deixando o ambiente em um silêncio abafado, preenchido apenas pelo som distante de carros passando na rua e o tique-taque discreto do relógio de parede. Minutos depois, a porta do banheiro se abre com um rangido suave. Celina surge no quarto desajeitadamente prendendo seus cabelos no rabo de cavalo alto, alguns fios rebeldes escapam, caindo soltos por seu rosto. A pele brilha com o calor do banho recente, o rosto corado, e o uniforme azul da delegacia está apenas parcialmente abotoado
Ela mal dá dois passos para dentro do quarto quando Dante se aproxima com passos silenciosos. Não há palavras, não há um aviso prévio. Apenas ação.
Ele a envolve em um abraço apertado, o corpo grande, quente e sólido como uma muralha de proteção. O calor dele a engole por completo, e por um instante ela se sente pequena dentro daquele abraço. Pequena... e estranhamente vulnerável.
— Ei… — ela diz, surpresa, a voz baixa, quase um riso nervoso, mas não tenta se afastar. As mãos dela