Lena Aris
A noite tinha sido boa. Não, a noite tinha sido um inferno delicioso, uma libertação brutal que deixou meu corpo em êxtase e em frangalhos ao mesmo tempo.
Agora, eu estava submersa na banheira de água quente, o vapor subindo para envolver o banheiro de mármore branco. Sentada, eu senti toda a dor se amenizar lentamente, mas não desaparecer. Cada parte de mim, especialmente as que ele havia marcado com tanta ferocidade possessiva, pulsava em protesto.
Maeve estava em colapso. Ela passara os últimos vinte minutos me seguindo, uma sombra assustada e furiosa, enquanto eu ignorava o todas as suas queixas e exigia um banho. Ri da sua cara assustada quando, com a voz embargada pela satisfação, falei que havia passado a noite com um homem incrível. Bem, eu sabia o que ela pensava. Aquele homem não era o meu marido, e daí, meu marido era um Fantasma, e quem se importava?
— Você está sendo imprudente, menina! Onde está sua bolsa? Seu celular? Como você pode voltar assim, só de roupão